segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Obstinação

Obstinação

Texto: Juízes 2.17-19

"Tampouco ouviram os Juízes..." Acredito que essa frase caracteriza muito bem a obstinação daquele povo. Mesmo obstante o aperto, a situação constrangedora de servidão, a graça de Deus em socorrê-los não alcançava a gratidão em seus corações. Não foi suficiente para produzir um fruto de arrependimento genuíno neles, de forma que logo o aperto passava o povo voltasse contra Deus e rejeitavam seu caminho.

O que faz de nós pessoas tais como Israel naquele tempo, que em face a dificuldade buscamos a Deus, empenhamo-nos em campanhas e aparentemente convertidos usamos de Deus como um salvo conduto temporário? Falta de hombridade nossa. Falta de humanidade e vergonha na cara em avaliar a posição de Deus quanto a nosso interesse no seu favorecimento e nada mais. Amamos o que Deus pode fazer em nosso favor e buscamos esse relacionamento interesseiro com todas as nossas forças para depois rejeitar totalmente sua lei voltando a viver conforme bem entendemos.

Você não é melhor do que este povo obstinado e sem vergonha. Achando que engana a Deus, quer a bênção que Ele proporciona, mas não o governo decorrente desta relação. Quer ser agradado, mas não pensa em agradar. Muito mais que àqueles continuamos a demonstrar nossa falha de caráter, egoísmo, ganância e avareza.

"A Deus ninguém engana"!!!


Charly
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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Graça

Graça

Texto: Juízes 2.16

Podemos entender o "favor imerecido" conferido àquele povo atentando bem ao contexto narrado nos versos anteriores.

Desobedientes, voltados a sua própria vontade, rebeldes em seus atos buscaram fazer o mau sem precedentes.

Entregues a correção o povo suspirava por um alívio de seus opressores. E, Deus se comparecia: Estabelecendo "referências" Deus tratava de exortar o povo e orientá-los novamente ao caminho, e no processo, livrando-os da opressão proporcionava um novo começo para eles.

Cada Juiz levantado por Deus era uma oportunidade de um novo começo para aquele povo.

Você já teve a sensação de está começando de novo? O proporcionar;  isso é uma graça de Deus estendida a nós.

Sem mistificar posso te dizer que todo dia pela manhã, ao abrir os olhos e se levantar da cama é uma graça para mim e para você. Um começar de novo, a oportunidade de fazer tudo diferente, com a referência que faltava. Ainda assim, na graça, dependerá de nós.

Veremos que amanheceu dezenas de vezes para aquele povo, dezenas de referências foram postas, mas o encerramento deste livro nos mostra que oportunidade sem recepção adequada de nossa parte não faz diferença alguma.

A graça só é benefício para nós quando respondemos a ela de forma positiva.


Charly 
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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Consequência do abandono

Consequência do abandono

Texto: Juízes 2.14-15

É inteligível as consequências da rejeição, do abandono e desconsideração. Não são consequências em primeiro grau, mas é exatamente o que proporciona e desencadeia os problemas, dificuldades e uma série de derrotas aos filhos de Israel nesta ocasião.

O abandono a Deus, a apostasia, a rejeição de sua lei e estatutos, custou aquele povo a perda de sua autoridade e resultou na imagem de fraqueza e fragilidade diante os inimigos em redor.

"Estou convosco enquanto estiverdes comigo", esta é uma citação do tempo dos reis de Israel, válida para compreendermos o que ocorreu neste tempo que antecede a monarquia:

Reciprocidade é necessária em todo relacionamento. Porque podemos cansar de insistir com as pessoas para que nos ame, respeite, considere. Podemos cansar e chegar lançar mão, a largar de lado, deixa-los a sorte... Deus fez isto com aquele povo, Deus faz isso conosco.

Vai dizer que você nunca fez isso com alguém? Não? Você deve ser mesmo um santo! Por muito menos abandonamos as pessoas... e, quando falamos de Deus achamos isso um absurdo.


Charly 
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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Sem Referencias

Sem Referencias

Texto: Juízes 2.10-13

É nítido que a falta de referência nos leva ao esquecimento, toda uma nação deixou-se perder pela falta de testemunho. O tempo e a falta de transferência ou comunicação de uma geração para outra se encarregou de levar ao esquecimento os feitos de Deus e o compromisso assumido de toda uma nação.

Devemos cuidar para que com o tempo nossa identidade não se perca, mantendo firme nossos valores, e nos apropriando da responsabilidade transferida pelas nossas "referências". O extremo dessa situação também é válido para nosso entendimento, e, falando de extremo estou cuidando da possibilidade das "referências" da época não ter tido responsabilidade suficiente para passar adiante o conhecimento sobre Deus.

É interessante pensar sobre isso, dentro da ideia de que o que pode levar a esse tipo de irresponsabilidade é exatamente a falha em cumprir o papel de referencial. Como comunicar compromisso sendo descompromissado? Talvez o esquecimento de Deus fora promovido pela falta de seriedade com que as referências da época trataram a questão. Como cobrar o temor, obediência e posicionamento de uma congregação se não somos exemplos?

É como eu disse acima, um extremo a se considerar: Bem provável que pelo proceder explícito nos versículos anteriores, do início do capítulo, motivo da correção da parte de Deus, tenha sido o fator que desencadeou o esquecimento de uma geração futura.

Josué serviu bem a seu papel, alguns poucos anciãos também, mas percebemos os desvios de muitos, nesse ciclo perdeu-se a identidade de uma nação.

Sem referência, sem identidade, tudo fica fadado ao esquecimento.


Charly 
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Lágrimas de remorso

Lágrimas de remorso

Texto: Juízes 2.4-5

Interessante notar que a repreensão foi feita com base no que estava ocorrendo. Produziu tristeza, melhor dizendo; vergonha, pela falta de zelo e consideração para com Deus que até ali obrara poderosamente no meio daquela gente.

Choraram, se entristeceram, mas não tomaram atitude nenhuma a não ser dar continuidade aos atos que foram alvos da repreensão. Um choro de vergonha, constrangimento, remorso apenas.

Se diante da repreensão de Deus você estremece, chora e tem medo, saiba que o diabo também o faz. Lágrimas de remorso não são capazes de tocar a Deus.

Boquim foi o nome pelo qual foi conhecido aquele lugar, onde o povo chorou e voltou a fazer as mesmas coisas...
Há uma penalidade para isso: problemas contínuos (verso 3).

É importante que obedeçamos a Deus integralmente. Fazendo e cumprindo toda a sua vontade. Chorar não significa muita coisa, quando a necessidade é agir.


Charly 
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Vitórias parciais representam derrotas futuras

Vitórias parciais representam derrotas futuras

Texto: Juízes 1.21-33

Muito mais do que um serviço pela metade a ação de algumas famílias ou estados Hebreus em cumprir as ordens de Deus pela metade caracterizou desobediência e trouxe graves consequências para a nação.

Vitórias parciais são tidas por "avanços" em alguns seguimentos, mas não podem ser encaradas como conquistas em nossas guerras, porque não as caracterizam.

Aparentemente os Hebreus, estavam em vantagem apossando da terra e subjugando seus moradores, adquirindo servos, escravos, mão de obra gratuita. Por outro lado era total descaso com a ordem superior já decretada.

Deus não vê avanço na nossa jornada com Ele quando partimos para fazer as coisas da forma que achamos melhor. Deus espera de nós toda atenção e zelo no cumprimento de suas ordenanças. Nada de alianças, nada de parcerias, nada de comodismo, nada de serviços pela metade!

Adquirir o respeito de nossos inimigos pode parecer ou dá o parecer de estarmos sendo honrados, servidos, mas no fundo, no que diz respeito ao futuro, estamos é cuidando da nossa própria ruína, alimentando e fortalecendo aqueles que vão insurgir contra nossa liderança, dando-lhes tempo para estudar nossas fraquezas e se infiltrar em nosso meio.

A submissão aparente de um inimigo não é garantia de uma conquista integral, sua aniquilação sim!


Charly 
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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Insatisfação ou necessidade?

Insatisfação ou necessidade?

Texto: Juízes 1.14-15

Nota-se que a insatisfação é algo do qual é difícil escapar. Quando nos assalta repentinamente originando-se de nossa vaidade e concupiscência ela instiga-nos a pecar, mas entendemos que uma insatisfação oriunda de uma necessidade real deve ser tratada com atenção e cuidado, deve ser levada a discussão e ao entendimento.

Insatisfação é algo perigoso e deve ser aferida com inteligência e discernimento. Diante de uma situação como esta, exposta no texto dessa referência, podemos julgar como inteligível e justificável.

Era uma necessidade na verdade. Os recém-casados haviam recebido suas posses, mas eram terras secas, e havia poços ou cisternas disponíveis, mas as terras que receberam não tinha acesso a nenhuma fonte, manancial ou poço.

Justificada a petição ou o desejo, receberam não apenas uma fonte, mas várias para fazer próspera e viva suas terras.

Notamos algo interessante quanto a esse tipo de insatisfação ou necessidade: não se trata de vaidade, não se trata de pecado, mas é importante que nós não venhamos a transferir esse tipo de sentimento ou "estado" de espírito (insatisfação), pois isso pode contaminar os ânimos. Percebe que a mulher, esposa do primeiro Juiz Otniel, a princípio tenta transferir a sua insatisfação. Mas podemos dizer que Otniel não se deixou persuadir pelo desejo de sua mulher, antes ouviu e deixou que ela mesma resolvesse o problema de sua insatisfação.

Importante isso, agir de forma a despertar a responsabilidade dos outros e não deixar-se manipular. Você pode até dizer que Otniel era marido dela e possuidor também da terra, o homem, o cabeça daquele lar, mas a insatisfação dela o colocaria em uma situação inconveniente com seu sogro.

Aprendemos que quando o assunto é herança, ou desse nível de particularidade o correto é que o responsável direto se pronuncie.

Você está insatisfeito? É válida essa insatisfação? É um tipo de necessidade justificável? Então vá e tome você mesmo as providências. Se for necessário pedir, peça!

Temos um bom pai.


Charly 
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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O aniquilamento da identidade

O aniquilamento da identidade

Texto: 1.4-8

Provavelmente você nunca se perguntou por que este fato é relatado no início do livro. Com atenção perceberá que combater o problema não é suficiente, devemos derrotar a "raiz" do problema, sujeitar tudo aquilo que nos oprimia ou que exercia controle sobre nós ao governo absoluto de Deus.

Tratando-se da nação de Israel e da proposta de conquista de uma terra, restava-lhes se apossar de tudo o que dantes fora prometido por Deus: Os Hebreus com suas tribos já estavam na terra, a terra já havia sido repartida a eles, as batalhas de introdução já haviam ocorrido sob comando do falecido general Josué, mas havia muita coisa a ser feita.

Adoni Bezeque era um rei que não era ou pelo menos não foi contado com os primeiros reis derrotados nas "guerras introdutórias", Adoni Beseque era um dominador ou senhor de uma região a se conquistar que estava dentro dos "termos", ou, limites de terra estabelecidos para a tribo de Judá.

Interessante é que Adoni Bezeque representava um senhor que já havia subjugado outros setenta senhores. E suas ações pós "guerra" ou conquista eram no mínimo curiosas: este homem tinha o hábito de cortar os polegares daqueles que ele derrotava.

Polegares das mãos e dos pés. Leva-nos a entender que Adoni Bezeque era cruel a ponto de roubar, anular, aniquilar, enfim, destruir a identidade de quem estava sob o julgo da sua servidão.

Sem me ater a questão do "equilíbrio", originada pela ausência dos polegares dos pés, quero remeter a você essa questão ligada a destruição de nossas identidades. As impressões digitais eram apagadas, na verdade arrancadas daqueles que eram conquistados por Adoni Bezeque.

Poderíamos votar vários transtornos que a ausência dos polegares nos comunica. Mas vamos recordar que o que Deus esperava dos Hebreus é que eles não de misturassem, não se perdessem entre as nações, justamente para que não perdessem a identidade de "povo da promessa, santo, separado".

Perde-se a força e equilíbrio quando nossa identidade é arrancada de nós. Tente ficar em pé imaginando-se sem os dedões, tente empunhar uma espada ou qualquer outra arma sem seus polegares: A deficiência nos fará sentir humilhados.

A batalha ou guerra contra esse homem, no início desse livro, traz em tona a necessidade de combater e vencer a raiz de nossos problemas, o pecado! Oque rouba de nós a identidade e nos faz viver desequilibrados.

O pecado não pode ter domínio sobre nós em nenhuma hipótese mais. É o tipo de problema que deve ser tratado quanto antes, pois apesar de não contado com os primeiros reis, Adoni Bezeque era um maioral cruel que dominava parte daquela terra e que mais cedo ou mais tarde traria problemas para os Hebreus.

Há adversários, tal como Adoni Bezeque que assumem a característica opressora do pecado e devem ser combatido antes que se fortaleça e nos roube a identidade.

Charly 
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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Cooperação mutua

Cooperação mutua

Texto: Juízes 1.3

Temos aqui o estabelecimento de um Termo de Cooperação Mútua entre duas tribos, duas famílias. Interessante fazer lembrar que "termos" assim, são firmados tendo em vista metas ou objetivo comum.

Mais importante ainda é perceber que é assim que nasce a unidade, o que é de necessidade imensa dentro de qualquer grupo ou comunidade. A unidade nasce da cooperação mútua, acontece quando nos tornamos um só corpo.

O texto pelo seu contexto segue dizendo que o objetivo foi alcançado, Judá conquistou a região  de Bezeque, que pertencia a um "senhor", cujos antigos hábitos nos mostra muito sobre estratégias de guerra, conquistas e submissão.

A derrota de Adoni Bezeque é um fato que ilustra uma necessidade gigante em nossos dias.

Vamos tratar de esmiuçar esta questão no próximo texto, por hora é suficiente para nós entendermos que para avançar na conquista, a cooperação mútua se faz necessário.


Charly 
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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Direção

Direção

Texto: Juízes 1.1-2

A princípio percebe-se que imprescindível é para nós a orientação, a direção e o governo de Deus frente aos desafios que se apresentam a nós.

Os Hebreus tinham a promessa, tinham o alvo, tinham a oportunidade, tinham um exército, tinham a motivação certa, o que mais faltava para que tomassem posse da terra?

Aparentemente não faltava mais nada. O subtítulo deste primeiro capítulo de Juízes traz como referência na maioria de nossas bíblias o nome de "NOVAS CONQUISTAS", sugerido pela introdução que cronologicamente dá a entender que é o relato de conquistas após a morte do maior general que os Hebreus já tiveram. Claro que isto nos é sugestivo!

Sugestivo a ponto de nos remeter a questão de que há muito que fazer na nossa caminhada de fé... e, que a conquista sob a presença de nosso general é apenas a primeira de outras que se farão necessárias. E, nessas outras, pode ser que sintamos a ausência do comando.

Daí a necessidade de direção. Não basta ter um exército, não basta ter a motivação certa, não basta ter a certeza da promessa, o alvo e muito menos a oportunidade se não soubermos como agir. A ausência de nosso general nos remete a busca por uma orientação, a um governo maior, ao direcionamento infalível: "...Senhor... quem dentre nós subirá primeiro..."?

A busca por orientação é garantia de direcionamento: "Judá subirá..."! Cada luta uma estratégia, portanto na aparente ausência de comando, busquemos a direção.

Charly 
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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Introdução ao livro de Juízes

Introdução ao livro de Juízes

A história narrada no Livro de Juízes durou cerca de 450 anos (At 13.20), será impossível esgotarmos o assunto com as nossas considerações é claro. Não só pelo tempo de ocorrência dos fatos narrados, na verdade isso ocorre com todo texto bíblico, mas também devido a espiritualidade que os compõe, considerando revelação e aplicações.

O assunto que é relatado no livro é tido  como questões vividas  no período negro, ou sombrio da história dos Hebreus, porque revela declínio; desvio,  precipitação, desobediência, comodismo seguido da insanidade declarada em negar a Deus que efetuara e efetuava grandes e autênticos feitos que promoveram o direito de senhorio sobre aquela nação em particular.

Em questão de governo, Deus se revelou de uma maneira tão particular aos Hebreus, que SEU direito de exercer o SENHORIO ficou inquestionável: Libertação da escravidão de um império mundial, mares e rios abertos, colunas de fogo e de fumaça, pão e carne do céu, água de rocha, muralhas derrubadas, inimigos dominados, como referência de poder, força, magnitude, potência e, sobretudo, proteção de uma "divindade" superior que atemorizou e fez o ânimo dos povos inimigos desvanecer. Deus se fez e se mostrou apto a governar os Hebreus.

Quando acima cito "divindade", espero que fique esclarecido para você leitor que não se trata da promoção de mais uma, mas da prova da superioridade do único e verdadeiro DIVINO frente aos ídolos das outras nações já estabelecidas no mundo de então, a começar pelos ídolos do Egito, império mundial da época, que se curvaram um por um diante da excelência do soberano dos Hebreus, Deus único e verdadeiro.

O livro de Juízes traz em seu escopo a revelação e comprovação das promessas feitas por Deus aos patriarcas dos Hebreus, incluindo as advertências pelas quais foram alertados. Relata o comodismo como o fator que desencadeia a desobediência na nação.

Vamos buscar extrair lições para nossa vida através destes 21 capítulos que se seguem.

É bom ter em mente que o livro é praticamente uma sequência ou o limiar do contexto do livro de Josué, alguns relatos não estão necessariamente em ordem cronológica fazendo com que observamos fatos comuns narrados nos dois livros, como por exemplo, o casamento do "primeiro" juiz Otniel, narrado em Josué 15.16-19 e também em Juízes 1.12-15, bem também como relato de conquistas parciais que já despontava a desatenção das tribos em cumprir a "risca" a determinação de Deus, veja Josué 15.63, 16.10, 17.12 em comparação o relato de Juízes 1.21, 27-33.

Enfim, o livro é excelente para a aprendizagem daquilo que devemos evitar, e sem falar nas lições de ousadia e coragem em frente a impossibilidades, e de reconhecimento das nossas "misérias", e do recomeço, restauração, e oportunidade sempre que voltarmos para Deus.

Isso tudo nos leva a paciência de Deus, seu amor, mas mostra-nos seu juízo eminente.

Então, vamos começar?!


Charly 
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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Conclusões (O principio da restauração)

Conclusões (O principio da restauração)

Texto: Jó 42.11

Escrevi um artigo aqui sobre esse assunto. Nota-se com facilidade por esse desfecho da história de Jó, que os instrumentos na restauração econômica/financeira de Jó foram pessoas, amigas.

Também o que esperaríamos? Nós homens somos os instrumentos prediletos de Deus. Apesar de que exista crente como aqueles combatidos na carta de Tiago, que insistem na fé sem obras, que despedem seus iguais com um “boa noite” e "durmam bem" sem preocupar-se com a situação do momento... sem se preocupar, se seu igual tem onde se alimentar ou com o que se vestir.

O princípio da restauração é que ela se efetua através da cooperação!

"Vieram a Jó todos os seus amigos e colaboraram/cooperaram com ele...", parafraseei para você entender melhor.
Sabe que esta abrupta (pelo menos o texto assim sugere) aparição dos antigos amigos e parentes de Jó, nos leva a considerar que a perda de suas posses ou sua ruína econômica culminou na sua solidão?! Interessante isso porque consta que ele anteriormente era cercado de "amigos".

Podemos dizer que uma desgraça maior que a ruína financeira é a ausência de verdadeiros amigos.

A restauração de Jó também demandou tempo, não foi num piscar de olhos como somos tentados a pensar. Note que sua mulher teve filhos, isso demanda tempo, gestação média de 7 meses por criança, considerando-os pré maturos...

Enfim, ela não pariu 10 filhos de uma vez! No processo, cooperação e tempo são eixos importantes na restauração de uma vida.


Shalom!
Charly

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Conclusões – (Quando opera se a mudança)

Conclusões – (Quando opera se a mudança)

Texto: Jó 42.10 (com vistas ao verso 6)

Essa é uma consideração importante e digna da nossa atenção: "quando", exprime o momento, o instante em que a mudança ocorre, e "orava por seus amigos" exprime o fator desencadeador da bênção de Deus.

Tenho certeza que você percebeu que ao longo dos diálogos os amigos de Jó assumiram ou incorporaram a figura de inquisidores, acusadores para ser mais exato, como inimigos perturbavam a Jó.

Orar por aqueles que nos perseguem veio a ser um mandamento novo dentro da revelação do genuíno amor. Isso nos aponta o caminho das mudanças. Não me refiro ao ato mecânico de reza e entonação hipócrita, mas em se resolver por dentro em vista às opiniões alheias que na maioria das vezes nos são contrárias, e em frente a diferenças desejar o bem, a bênção a nosso semelhante. Torço para que você tenha notado a disparidade assimilada entre os termos "diferenças" e "semelhante".

Quando "ora", muda!

Já sacou ai? Até então Jó se dirigiu a seus iguais, no momento em que se dirige a Deus a coisa muda. Não acrescentamos nada ao derramar reclamações aos ouvidos de outras pessoas, bem provável que nos falta um "papo reto" com Deus para mudanças ocorrerem.


Nesse processo percebemos Jó saindo do centro das atenções em suas próprias considerações, percebemos a lamúria terminando, dando lugar a um pedido ou solicitação altruísta. Orações desprovidas de egoísmos chegam com facilidade a Deus e são respondidas.

Quando nos esquecemos de nós mesmos e quando nos esgotamos "no pó e na cinza", esvaziando-nos, nos rendendo, a coisa muda.


Charly
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Eliú (uma visão diferente)

Eliú (uma visão diferente – um anexo a conclusão)

Texto: Jó 32.21, 33.3 e 8 -12

"... nisto não tendes razão..."

Essa frase acima define o carácter desse homem; flexível, observador, moderado, imparcial, sincero e bem intencionado.

Eliú não é contado entre os "amigos" de Jó que se mostraram opositores e perturbadores daquela pobre alma. Eliu se difere daqueles que apontam problemas insolúveis, se difere daqueles que na hora que a situação fica "preta" esquecem até mesmo nosso nome. Eliu não é exortado por Deus, pois garantiu em seu discurso o que era justo considerar.


Exalta a posição de Deus, e anima a Jó esperar nEle (36.11) pois de certo, quem assim persevera encontra "recompensa". Eliu é o único que chama Jó pelo seu nome, mostrando assim um interesse genuíno de lhe ajudar, no mínimo mostrando que realmente estava "envolvido" com a situação de Jó, que se preocupava de fato com toda aquela "dor", esforçando para que Jó compreendesse que haveria um propósito maior em toda aquela situação pois Deus não subverte o juízo! Eliu profetiza a restauração de Jó! (33.24-26).

Verdadeiros amigos diante do problema apontam a solução: Deus!? Deus faz! Basta apenas confiarmos perseverando, certos de que absolutamente tudo está sob controle de Deus.

Há coisas que ouvimos, há coisas que querem que acreditemos, há coisas que nossas vistas nos apresentam que simplesmente não são bem assim... há conceitos sobre a vida que estão longe de ser verdade, muito mais a mesma verdade se aplica a Deus.

"... nisto não tendes razão..."

Charly

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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Conclusões (sobre as outras pessoas)

Conclusões (sobre as outras pessoas)

Texto: Jó 42.7-9

Jó já havia deixado claro em capítulos anteriores a "tirania" de seus colegas na atitude inflexível de acusá-lo, mas neste texto em referência percebemos que o próprio Deus conclui a cerca deles dizendo que "não falaram o que era certo".

Exigiu, pois Deus de Elifaz, Bildade e Zofar reparação. Falar bonito ou filosofar bem pode impressionar a muita gente, exceto a Deus.

É importante relembrarmos o teor das declarações dos amigos de Jó: acusações contra seu semelhante e "aparente" defesa de Deus. Isso é interessante demais...

Percebe-se pela repreensão da parte de Deus que eles estavam inteiramente errados: Jó não havia pecado para vivenciar como consequência toda aquela miséria e Deus não age por deduções lógicas ou humanas como eles insistiam com Jó. Nota-se que Deus descarta advogados! Nota-se que Deus aguarda retorno sincero do homem no relacionamento, não uma sistemática mecânica.

Enquanto no haja o que houver os amigos de Jó queriam aplicar a lei teológica da época, Deus aguardava a aplicação da justiça, misericórdia e da fé, pois qualquer lei sem estas cheira a morte.

Não basta apontar erros! Não basta trazer a lei! Não basta condenar!

A reforma protestante trouxe um slogan: "só as escrituras", isso nada tem a ver com definições teológicas ou teses teológicas, nada tem a ver com a letra ou erudição, isso diz respeito ao TODO da revelação de algum assunto pelas "escrituras"!

Seremos reprovados como os amigos de Jó, se continuarmos vivendo só o que nos é conveniente, desconsiderando a revelação do todo.

Eliú não foi chamado atenção, já parou para pensar no porque?


Charly
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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Conclusões (sobre si mesmo- confissões)

Conclusões (sobre si mesmo - confissões)

Texto: Jó 42.3-5

Dobrar a verdade sobre  si mesmo é a maior dificuldade que o homem pode ter. Porque é nesse momento que surge a nossa necessidade maior, nossa latente dependência de Deus.

"Sei que nada sei", Sócrates declarou essa confissão e, a fazia notória em suas discussões, intercalando-a entre a cascata de perguntas dirigidas a seus ouvintes. Jó percebe sua ignorância também; séculos antes. Apesar de a princípio, Jó se mostrar totalmente estúpido em algumas colocações e considerações sistematizando Deus, Jó acaba "encobrindo o Conselho".

O que isso significa?

Encobrir ou desconsiderar a revelação! Encobrir e desconsiderar o absoluto que por vezes vai contra qualquer cadeia de raciocínio humano. O "mistério" de Deus e sobre alguns "pontos" que com a humanidade Ele compartilha: Sua ETERNIDADE, Sua ONIPOTÊNCIA, Sua ONISCIÊNCIA e Sua ONIPRESENÇA, queremos explicar, detalhar, sistematizar atribuindo a Deus falha, obscurecendo o juízo se Deus não se manter dentro da "caixa" de nossas racionais projeções, expectativas.

"Quem é o homem que sem conhecimento algum escurece o meu conselho?"  (38.2).

Jó confessa: "Falei do que eu não entendia e não compreendia... e agora me arrependo..."

E você? Acha que é quem para sistematizar a Deus? Cuidemos da "nossa" teologia, porque Deus não será nunca sistematizado por ela.


Charly
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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Conclusões (sobre Deus- confissões)

Conclusões (sobre Deus- confissões)

Texto: Jó 42.2

Estamos no último capítulo do livro de Jó, partiremos agora para as conclusões do patriarca e, a primeira declaração do mesmo é: "Tudo Deus pode, nenhum de seus planos podem ser impedido".

Jó se refere ao caminho de Deus, seu propósito, seu meio de imprimir no homem a lição da vida, o caminho na "tormenta", mesmo incompreensível aos olhos naturais, ocultado da razão, o plano de Deus é perfeito.

Ainda ontem "discutia" com um de meus professores (Pr. Wilson Junior/Panorama Bíblico/Hermenêutica) sobre "racionalizar" Deus. Discutíamos o benefício da razão frente a fé e da fé frente a razão, chegando a conclusão que a "revelação" precede todo e qualquer ato de racionalização.

A fé desencadeia a compreensão que a priori não se mostrará racional, mas se ajustará a verdade da situação e circunstância, e acredite, não estou me referindo a verdades relativas. Ao contrário estou me remetendo a verdade absoluta como essa: DEUS É TODO PODEROSO, LOGO NADA É IMPOSSÍVEL PARA ELE.

Ou, se você preferir:  "Tudo Deus pode, nenhum de seus planos podem ser impedido".

Antes de nós nos prendermos a considerações tais como: pela lógica de tudo Deus não pode fazer "isso" ou "aquilo" porque implicaria "nisto", precisamos entender bem que na sua essência Deus tudo pode e se algum dia deixar de fazer alguma coisa é porque decidiu assim fazer.

Claro que você pode não concordar como a início Jó não concordava, mas e aí? Mudou alguma coisa para Jó? Mudará para você?

Jó entendeu que o assunto "DEUS", são "coisas" (note o plural) "maravilhosas demais" para ele.


Charly
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