quinta-feira, 30 de junho de 2016

Restauração demanda tempo

Restauração demanda tempo

Ne 6.1 "... até esse tempo não tinha posto as portas nos lugares."

Podemos conjecturar vários motivos para até aqui não terem já colocado as portas no seu devido lugar: De descuido à imprevistos, de falta de material à sabotagem.

Mas percebemos uma coisa no capítulo 5, um problema, um imprevisto que breca o ritmo das edificações: Pessoas insatisfeitas. Mais do que insatisfeitas eram pessoas lesadas de seus direitos, pessoas exploradas e naquela conjuntura embora felizes com a reforma de sua nação desfaleciam suas forças pela ganância de seus iguais. Talvez nem podemos classificar como iguais pessoas oportunistas que tiram da situação proveito próprio.

Discute-se ética numa questão dessas? Sim muitos discutiriam. Mas devemos entender que ética sem princípios é lei de conveniência apenas, chegando a se tornar algo maligno e escuso.

Neemias reúne os irmãos e os exorta, corrige com autoridade aquele ato de maldade e ganância, escravizar os próprios irmãos!? Absurdo! Protestou Neemias.

O que mais pode atrasar uma edificação? Imprevistos como esse traz desconforto aos operários. Consideremos que o descontentamento dos operários brecou a obra, e as portas ficaram até aquele momento sem serem instaladas.

Reforma incompleta não é o que almejamos. Consideramos sim que a mesma não é feita da noite para o dia, mas devemos reformar com o cuidado de não precisar fazer novamente, digo, ter o mesmo trabalho, vidas fazem parte de uma edificação e cuidar delas garante o progresso da obra.


Charly
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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Combatendo oposições

Combatendo oposições 

Ne 4. 13 e 16-23 "coloquei guardas nos pontos baixos, nos lugares descobertos... cada um trazia a sua espada e suas ferramentas de serviço... e a noite em turnos, uma parte deles servia-nos de vigia..."

Creio que essa paráfrase é suficiente para nós compreendermos que sob oposição todo o cuidado ainda é pouco.

Neemias organizou os trabalhadores na seguinte disposição: Metade deles trabalhavam enquanto outra metade vigiava, todos estavam armados, foi estabelecido turnos e uma providência ainda mais surpreendente foi tomada:
Ao identificar "pontos baixos" da obra, Neemias reforçou o lugar. Interessante isso porque percebemos a atenção de Neemias, percebemos seus cálculos e inclusive sua resposta à uma ameaça.

Devemos estar prontos para a oposição, e estar prontos é exatamente tomar atitudes contra elas, se antecipar ao ataque tomando as devidas precauções.

Interessante também compreender que o processo de uma restauração não é instantâneo, não será da noite para o dia. Sim, será o assunto do próximo artigo.


Charly 
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terça-feira, 28 de junho de 2016

Oposições

Oposições

Livro de Neemias capítulo 4

Elas se manifestam logo quando percebe-se a nossa disposição real em ir até o fim na empreitada . Quando viram os muros em redor da cidade todos edificados até a metade de sua altura despertaram ódio contra os reformadores.

Nota-se que quando o serviço começa a se apresentar em progresso desperta a atenção. O diabo percebe que quando os muros da nossa vida saem do chão é porque a obra não é de brincadeira, segue-se então as oposições.

Atacar diretamente ou indiretamente com falsos conselhos, criando boatos que implicam em desânimo para os trabalhadores. Criar confusão onde todos estão focados no trabalho, são oposições que uma liderança deverá enfrentar ao longo das reformas. São oposições que o homem enfrenta quando está disposto a concertar sua vida!

As forças faltam, o trabalho parece que não rende, ao contrário multiplica-se. Começam contra nós um terror psicológico.

Devemos atentar para essas coisas se queremos construir, se queremos edificar vidas. Oposições virão, devemos nos firmar no propósito e definir estratégias para combate-las.


Charly
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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Disposição que incomoda

Disposição que incomoda

Ne 4.2-3 "... acabarão a obra em um só dia?"

Impressionante como as pessoas ficam incomodadas com os outros. Até mesmo com a vontade e disposição de trabalhar, e pasme, é incômodo pela boa vontade e disposição dos outros em fazer bem o serviço. Inveja absurda!

Preste atenção no que vou dizer: A disposição incomoda. A disposição sua em ajudar vai incomodar alguém.

Neemias enfrentou esse tipo de oposição; palavras desanimadoras, ofensas, inveja e tentativas de obstrução.

Como líder se prepare, porque sua disposição de fazer o certo e a de seus liderados em cooperar com você vai despertar incômodo em alguém


Charly 
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sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Serviço

O Serviço 

Ne 2.17 e 3.3 "... edifiquemos os muros... vigas e portas..."

Interessante notar o serviço proposto, em sua ordem colocaríamos: As vigas (subentendendo fundação, base ou alicerce), os muros e enfim as portas com a devida instalação das mesmas.

É um projeto de restauração de uma cidade! Não  era a construção dela. Notemos que segundo consta, a reforma é a pior parte do serviço de edificação. Isto porque envolve trabalho dobrado que as vezes pode implicar em correções do projeto anterior. Sabe o que isso nos ensina? Que o reformador tem uma responsabilidade maior, pois vem reformando e corrigindo imperfeições passadas.

Vigas não se reforçam, não aceitam emendas... imagine perceber um "fundamento" condenado... não há reforma para o mesmo, teremos que arranca-lo por completo e só então colocar outro em seu lugar. E se tratando de construção civil, é ainda apesar de trabalhoso, mais fácil do que arrancar, desfazer, derrubar ou condenar "fundamentos" comprometidos de uma vida. É um grande desafio para qualquer líder e construtor.

Muros são limites, são proteção, exprimem segurança. Nenhuma reforma que se preze desconsideraria levantar os muros.

Portas é acesso, entrada e saída, permite a circulação e movimento, não há sentido edificar algum projeto se não haverá acesso até ele.

Neemias identificou as necessidades e trabalhou nelas. Era uma cidade fortificada que não tinha mais os fundamentos, os muros e as portas, era na verdade uma cidade destruída.

Você conseguiria perceber ao seu redor cidades assim? Estou falando agora de vidas.

Comecemos o trabalho considerando o desafio.

Charly
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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Projetos (fase inicial)

Projetos  (fase inicial)

Ne 2.13 e 3.1-32

"... fiz a inspeção das avarias... os sacerdotes edificaram... os homens de Jericó edificaram... os filhos de Hassenaá edificaram... os filhos de Hurias... os filhos de Berequias... os filhos de Baaná... os filhos de Besodeias... os filhos de Haraias... os filhos de Hur... os Tecoitas... os Gibeonitas... os Nobres... os Servos... os Levitas, as vigas, os muros e as portas..."


Claro é uma síntese parafraseada do texto bíblico em referência. É muito importante você ler o texto para avaliar por si mesmo a mensagem contida para sua vida. Para se fazer entender tomo a liberdade de parafrasear o texto, isso posto, percebe-se:

A primeira fase de um projeto é a inspeção. É onde se avalia o serviço necessário, onde se contabiliza os custos, onde se formam as estratégias, onde se traça o plano de ação. Neemias era sem dúvida alguma muito mais que um "garçom". Você leu no primeiro capítulo qual era a função de Neemias na corte do rei não leu? De garçom a encarregado, de garçom a governador de uma província.

Percebemos um princípio contido em toda as escrituras: Deus não estabelece na liderança quem nunca serviu, Deus não chama para liderança quem não está habituado a prestar serviços.

Vamos abrir um parêntese aqui. Você sabia que antes de dar a terra de Canaã a Abraão Deus o fez inspecionar toda a terra em sua extensão? Deus te dá uma promessa, um sonho, estabelece um projeto na sua vida e põe você para andar... sim, Deus espera que você corresponda ao chamado dEle começando por inspecionar todos os detalhes, toda a situação, todo o contexto da história para enfim calcular, organizar as tarefas, solicitar providências e começar o serviço.

Neemias após inspeção no terreno, divide seus liderados em funções e os organiza em setores, responsabilizando-os. Há muitos líderes que não sabem delegar, uns por medo de perder posição outros por sequer saber o que fazer.

Neemias identifica o serviço: as vigas, muros e as portas... claro que esse assunto vai ficar para outro artigo.

Mas é bom não esquecer, não há liderança sem pessoas, você não pode ser líder se não houver liderados, os conheça, identifique-os e delegue a eles responsabilizando-os, demostrando sua confiança neles.


Charly
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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Projetos e oposições

Projetos e oposições

Ne 2.19-20 "... que é isto que fazeis?"

A princípio soa como uma pergunta normal, isenta de qualquer maldade, mas percebe-se logo a malicia, inveja e oposição de pessoas descompromissadas e alheias ao sentimento de Deus.

É forte o que vou dizer:

Há pessoas que se o projeto não partiu delas elas não o abraçam conosco.
Há pessoas que não consegue se enxergar em um projeto que não lhe traz benefício próprio. 
Há pessoas que colocam dificuldades em tudo. 
Há pessoas que além de não sonhar o sonho com a  gente o condena. 
Há pessoas que buscam descaracterizar nossos projetos o classificando como rebelião.

Geralmente são líderes também, pessoas de certa forma influentes, que não consegue se dobrar a uma revelação que não passe pelo "travesseiro" deles.  Envolvidos pelas circunstâncias com a gente, mas jamais comprometidos.

A nossa resposta à oposição deve ser a mesma: "O Deus dos céus é quem nos fará prosperar".

Charly 
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terça-feira, 21 de junho de 2016

O apelo de um líder

O apelo de um líder

Ne 2.17 "... vede a aflição em que estamos, nossa nação está em ruínas... vinde e a reedifiquemos."

Após a permissão do rei à petição absurda de Neemias, uma grande comitiva parte para a cidade destruída. As listas daqueles que foram com Neemias estão registradas no capítulo 8 do livro que leva seu nome, e, também no capítulo 2 do livro de Esdras, são aproximadamente 42 mil pessoas. Temos então montado o cenário: uma cidade em ruínas, devastada e queimada em toda sua extensão.

Neemias saiu a frente com alguns chefes de família para fazer o reconhecimento da cidade, presenciando toda devastação os reúne e faz a revelação do seu projeto lembrando-os que já tinha a autorização do rei.

Interessante como Neemias age nessa ocasião, sua perspicaz de no momento certo revelar seu plano, tendo o espírito de seus liderados já  preparados, tocados pela triste realidade do momento.

Um líder eficaz sabe envolver seus liderados na situação a ponto de poder com êxito cobrar comprometimento. O apelo da liderança foi exatamente esse: "vocês estão vendo a necessidade, vocês viram com seus próprios olhos, então vamos fazer alguma coisa..."

O apelo de um líder eficaz se baseia em evidências tão fortes que não deixam outra possibilidade aos liderados a não ser se comprometer com a causa.

Um apelo claro, específico, inteligível e sobretudo isento de egoísmo pessoal, isento de vaidade própria, é um apelo altruísta contagiante.


Charly
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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Uma oração pouco comum

Uma oração pouco comum

Ne 1.11b.  "... conceda que eu seja bem sucedido, favorecendo-me por meio desse homem..."

Dois dias atrás ouvi uma pregação de Leonard Ravenhill  que abordava um tema sobre oração. Nela Ravenhill  chama atenção para a realidade de que não, não são mesmo todas as orações que são ouvidas, chegando a dizer que apenas aquelas "desesperadas" de fato alcançam os céus.

Não sei se você percebe que orações vazias não consegue nem mesmo despertar-nos, imagine então a Deus. Creio que por orações "desesperadas" Ravenhill estava falando mesmo sobre orações vivas, carregadas de anseios verdadeiramente nobres.

A referência bíblica em evidência a princípio não expõe a ideia de uma oração tão nobre assim, talvez por isso você esteja lendo até aqui. Aparentemente é mais uma oração egoísta como tantas outras que estamos acostumados a fazer. Mas o contexto no qual está inserida muda a questão.

Neemias pedia a Deus uma oportunidade para servir, ajudar, acudir, restaurar e restabelecer uma nação. Sendo conhecedor da miséria do seu povo Neemias chora, lamenta e jejua por dias afinco afim de que Deus atente para o que ele planejou no coração.

E veja o que Neemias planejou: resolveu pedir ao rei que o deixasse ir ajudar a seu povo. Então pede a Deus que faça algo extraordinário; que faça com que o rei o dispense de seus serviços e lhe dê provisões do próprio bolso para restaurar uma cidade que era antes uma cidade inimiga.

Extraordinária oração, desesperada e nada convencional; desesperada ao ponto de não considerar a loucura da mesma. 

É como se um soldado inimigo pedisse ao seu algoz que o deixasse ir livre, e ainda financiasse sua viagem, e ainda mais, que o armasse até os dentes, e como se fosse pouco, pedisse que custeasse toda despesa da restauração da sua nação, inimiga, atente para o absurdo dessa petição! Neemias queria esse "favor" de seu algoz.

Eis aí o plano de Neemias: "conceda que eu seja bem sucedido, favorecendo-me por meio desse homem", Neemias orou a Deus.

A nobreza é revelada num detalhe: Note que Neemias pede a Deus essa "graça" não para benefício próprio mas visando a restauração de seu povo.

Você já orou com esse mesmo sentimento? Uma oração seguida de quebrantamento, jejum e lamento a favor do próximo além de seus familiares? Porque se já orou assim não importa se era uma oração absurda, impossível, importa  que com certeza você tocou o coração de Deus!

Se você tem orações respondidas com certeza já orou desesperadamente.

Neemias traz um perfil interessante, digno de uma análise minuciosa. Vamos falar um pouco mais sobre esse homem e suas atitudes nos textos seguintes.

Charly 
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sexta-feira, 17 de junho de 2016

O contrato (fechamento)

O contrato (fechamento)

Ex. 24.3 "... e o povo respondeu a uma voz: contrato fechado!"

Claro, outra paráfrase minha.

Esses artigos me surpreenderam na sua extensão. A princípio não imaginei que iam sobrepor ao quarto dia, mas foi tomando proporções que aqui estamos nós na terceira semana.

Particularmente eu me sinto hoje mais responsabilizado a encarar com mais seriedade a palavra de Deus entendendo que a Aliança proposta neste contrato não está aberta a merchandagem, no que diz respeito a especulações.

O contrato está definido em todos seus termos; condições; obrigações; direitos e sanções, sem brecha para alterações futuras.

O contrato está a nossa disposição hoje, a nação de Israel o assinou, e, a grande pergunta é:

Você vai mesmo assinar?

Charly

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O contrato (das sanções - parágrafo único)

O contrato (das sanções - parágrafo único)

Dt 28.68b "... tornareis a serem escravos..."

Notas: Ex. 20.5 e Dt. 28.16-68

Uma paráfrase do texto de Deuteronômio da referência bíblica inicial é suficiente para entendermos as sanções; voltando a condição anterior de escravos aquele que quebrou o contrato estará sujeito a todas as "maldições" dispostas no anexo.

Condições típicas de escravos . Não vou tecer comentário sobre elas, claro, você deve se informar pelas referências de nota, e procurar identificar na sua vida alguma similaridade.

Qualquer semelhança identificará sua condição atual.

Charly 
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quarta-feira, 15 de junho de 2016

O contrato (dos direitos - anexos)

O contrato (dos direitos - anexos)

Dt. 28.3-13

Uma lista enorme de bênçãos, direitos que nos assistem pela observância do contrato. Vou citar eles em lista, não vou falar sobre cada um em si, mas você deve refletir sobre eles em particular pois a não realização deles na sua vida só terá um motivo, o qual vou dizer aqui em seguida.

"Serás bendito na cidade e no campo, seus filhos e tudo que você produzir, sua cozinha e sua dispensa, sua saída e sua chegada. Seus inimigos não te vencerão jamais. As suas reservas serão abundantes, e em tudo o que você decidir fazer será bem sucedido, será uma pessoa diferente, separado, serás chamado como filho de Deus, tudo que você tiver terá em abundância, os céus estará a sua disposição, emprestaras e financiarás pessoas, serás cabeça, na liderança."

O único motivo de não vivermos estas bênçãos como direitos é porque temos faltado com fidelidade ao contrato.

Charly
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terça-feira, 14 de junho de 2016

O contrato (dos direitos - parágrafo 3°)

O contrato (dos direitos - parágrafo 3°)

Ex. 20.12 "... prolongue seus dias na terra que o Senhor te dá."

Não diz respeito a terra como o mundo ou planeta em si, e sim como nova condição de vida (lembram? antes escravos agora livres?), remetendo à terra da promessa. Também não é questão de longevidade e sim tempo em que viveriam como pessoas livres, muito ou pouco.

Para simplificar isso pode-se dizer que este direito estava relacionado a independência e soberania  da nação de Israel como estado firmado entre as outras nações enquanto fossem fiéis ao contrato. Isso é bem notado no livro de Juízes, alguns textos de Reis e Crônicas e ainda no fundo histórico dos livros de Esdras, Neemias, Ester, Daniel e de outros profetas, onde Israel deixa de ser uma nação soberana.

Esse direito nos remete a ideia de que Deus está observando e considerando também nosso trato com as pessoas, nesse caso, nossa família.

Todo direto é condicionado.

Quanto mais fiel mais livre, quanto mais obediente mais livre, quanto mais submissos e gratos mais livres.

Charly 
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segunda-feira, 13 de junho de 2016

O contrato (dos direitos - parágrafo 2°)

O contrato (dos direitos - parágrafo 2°)

Ex. 20.10

Um dia sem trabalho, um dia de descanso.

Falamos sobre esse dia em sua concepção de obrigação, visto algumas pessoas se envolverem tanto com afazeres que não acham mais tempo para se alegrar com a vida que lhe é concedida.

Como direito o sétimo dia é estabelecido como descanso mesmo, sim, pausa de qualquer esforço laboral. Direito adquirido, excluído todo esforço consciente que remeta ansiedade.

O descanso tem seu propósito. Quando foi estabelecido o ano sabático o objetivo era a terra descansar, o solo recompor suas propriedades. Isso nos remete o propósito do descanso, além de ser um exercício de fé, o fazemos praticamente na "rede".

A mensagem do dia de descanso é: Eu cuido de você!

Nota-se que poucos descansam nessa promessa e direito, isso nos leva a consideração mais importante sobre essa questão: Deus prova nossa confiança NEle.

Só é capaz de descansar aquele que realmente confia.

Charly 
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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O contrato (dos direitos - parágrafo 1°)

O contrato (dos direitos - parágrafo 1°)


Ex. 20.6  "Mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam..."

É bem provável que a exemplo de "cobertura" esse direito vem a demonstrar uma extensão de benefícios aos cônjuges, filhos, filhos dos filhos, em fim até mil gerações.

Mil gerações, você já calculou a média de tempo acarretada aqui? Claro que não, não é mesmo? Considere cada geração vivendo uma média de 50 anos (o que é pouco), você terá 50 mil anos de portas abertas para sua descendência. Isso é profundo e levaria a considerações escatológicas.

Mas não entrando em questões escatológicas, voltemos a esse tipo de termo que expressa uma cobertura contratual. É uma cláusula que exprime um compromisso de que os benefícios serão estendidos aos dependentes.

Devemos lembrar do que foi posto inicialmente no início dessa série de artigos sobre O CONTRATO: o caráter individual do mesmo. Mas o que temos aqui é que sua posteridade vai consequentemente se beneficiar do que Deus lhe concedeu, e isto por determinado tempo. Esse tempo é determinado porque Deus estará empregando o possível para alcançar também seus descendentes constituindo contrato com eles.

O emprego da palavra "misericórdia" remete bem essa questão, e leva-nos ao ato mais espetacular de todos os tempos; Deus colocar seu coração na miséria humana. Isso está associado a manifestação de Deus no mundo na pessoa de Cristo, a fim de proporcionar oportunidade a gerações de "receberem/aceitarem/adquirirem" os direitos da aliança.

Esse direito se relacionava com a oportunidade. Esse benefício foi a garantia de que o contrato seria oferecido a outros.

Charly 
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quinta-feira, 9 de junho de 2016

O contrato (dos direitos - parágrafo único)

O contrato (dos direitos - parágrafo único)

Ex 20.2 "... te liberto da escravidão."

Claro que tem considerações sobre os direitos que passam desapercebido no texto, essa paráfrase acima mostra-nos exatamente isso.

O direito maior adquirido por aqueles a quem este contrato é oferecido, sem dúvida alguma é a liberdade.
Uma nova condição de vida está proposta para quem aceita esse contrato. Podemos fazer agora várias aplicações dessa consideração, mas eu não vou fazê-lo, deixarei você com seus botões aí refletir em todo benefício que tem alcançado com essa nova vida propiciada pela aliança com Deus.

Mas considerar a libertação da escravidão é algo interessante e profundo. Ser livre de conceitos errados sobre a vida é uma necessidade para viver verdadeiramente, viver a "vida com abundância" é exatamente isso.

Livres de um coração e de uma mente de escravos... já falei sobre isso.

Charly 
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quarta-feira, 8 de junho de 2016

O contrato (dos direitos)

O contrato (dos direitos)

Ex 20.2-17

Vou tentar não estender esse artigo por mais do que dois textos, até porque nós estamos mal acostumados com esse assunto, evidenciando-o muito e desconsiderando as obrigações. Mas é óbvio que um contrato que se preze implicará também nos direitos.

Os direitos são apresentados no corpo do contrato em toda sua extensão.

Como consequência de nossa obediência e fidelidade a esse acordo veremos: A misericórdia ou graça estendida à nossa posteridade, percebemos um dia de descanso, uma obrigação e direito, e ainda a preservação da vida "na terra que Deus nos dá".

Ainda perceberemos um adendo a este contrato em Dt 28.1-13, aff pessoal... não vai ter jeito, o assunto vai render um pouco mais.

Charly 
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terça-feira, 7 de junho de 2016

O contrato (das obrigações - último parágrafo)

O contrato (das obrigações - último parágrafo)

Ex 20.17 "Não cobiçarás."

Essa última obrigação contratual diz respeito inicialmente a inveja. Vale ressaltar isto porque inveja é uma coisa e desejo é outra bem diferente, porém em sua intensidade pode o desejo negativar-se a ponto de se transformar em inveja e esta se classificar numa tenra cobiça.

O processo se desdobra ao se alimentar o desejo negativamente, propondo considerações egoístas sobre o alvo ou objeto do desejo. Por exemplo, propõem-se as seguintes considerações: O bem ou objeto em posse do próximo está mau empregado pois ele não merece porém, você se acha merecedor no lugar de seu irmão.

Esse posicionamento acarreta no seguinte julgamento: Do seu próximo e do próprio Deus que concede bens a suas criaturas. Seria como estivéssemos declarando que o próximo não merece o bem e que Deus errou em concede-lo.

Toda vez que você cobiça está fazendo esse julgamento, inclusive, quebrando também a obrigação anterior a essa, a qual tratamos no texto anterior, lançando falso testemunho.

Quanta petulância e egoísmo imenso.

Charly

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo 7°)

O contrato (das obrigações - parágrafo 7°)

Ex 20.16 "não dirás falso testemunho contra o teu próximo."

Expressa a obrigação de viver na verdade, no trato e no contrato e ainda em toda acareação de fatos. Mas este texto implica algo mais que a condenação da mentira.

A grosso modo subentendemos que não devemos mentir em acareação nenhuma, nem a favor de amigos, nem contra inimigos, e ainda, nem mesmo a favor de nós mesmos.

Como se trata de uma questão judicial onde acarreta em testemunho uma declaração, percebemos a importância de um pronunciamento, ou melhor, de nossa palavra. Dentro dessa questão percebemos que devemos tomar grande cuidado com o que falamos.

O contexto Cultural semita da época informa que quando era descoberto um testemunho falso, aquele que o pronunciou ou que falou uma inverdade a respeito de outra pessoa pagaria a penalidade que implicasse na consequência do ato delatado.

É mais sério que você imagina. Vou explicar a você: Se acaso alguém testemunhasse falsamente contra por exemplo um ato de furto, implicando na acusação de uma pessoa, que pela lei agora deveria responder pelo furto e perder uma das mãos. Se fosse descoberto o falso testemunho ou a pessoa fosse inocentada com provas que não foi responsável pelo furto, isso acarretaria na transferência da pena para quem levantou falso testemunho.

Exatamente, o acusador, mentiroso, deveria pagar a pena pagando pelo objeto furtado, reembolsando seu valor e ainda perdendo uma das mãos.

Lembra que no inicio do texto falei que essa obrigação não implica apenas na condenação da mentira?
Pois então, segundo estudiosos judeus, este texto implica inclusive em nossos achismo sobre as pessoas, quando em uma ocasião, nossa opinião poder pesar na consideração de outrem.

Charly
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo 6°)

O contrato (das obrigações - parágrafo 6°)

Ex 20.15 "Não furtarás."

Não é tão simples como parece.

Segundo conta estudiosos da cultura hebraica, este termo se aplica à pessoas e não diretamente a bens. A priori não diz respeito a tomar objeto algum de outrem mas trata de surrupiar o bem maior de todos nós: nosso tempo, nossa atenção, nossa vitalidade, a verdade, e, por último, pode-se considerar um possível furto de pessoa também, o sequestro.

A mesma  questão, porém  ligada a bens será tratada mais a frente até mesmo pela reprovação do desejar o que está na posse de outrem.

É fundamental entendermos que "roubar" implica em muito mais do que já estamos acostumados a assimilar. Enganar já é um roubo, mentir também o é.

Se apelarmos para outros sinônimos de "furto" chegaremos possivelmente até a "extorsão", talvez até mesmo chegaremos na "corrupção", dando-nos a ideia de que toda e qualquer "manipulação" consistirá também em um furto.

Não furtarás.

Charly
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quinta-feira, 2 de junho de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo 5°)

O contrato (das obrigações - parágrafo 5°)

Ex 20.14 "Não adulterarás."


Implica em mais coisas que imaginamos.

Adulterar nos remete a uma falsificação, uma falsificação dos termos de uma união matrimonial, onde os parceiros, ou as partes envolvidas no contrato não correspondem a verdade, faltando com ela.

Como estamos falando de contrato é fácil entender isso. Não é?

Tem de ser... porque embora tratando de questões conjugais percebe-se que o Eterno busca identificar em nós a fidelidade, fidelidade suficiente para levar em frente todo esse contrato.


Se não pudermos ser fiel a uma questão de convivência, onde é notável a presença, como seremos na ausência que pode se evidenciar por determinado tempo entre as pessoas deste contrato?


Charly 
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quarta-feira, 1 de junho de 2016

O Contrato (das obrigações - parágrafo 4°)

O Contrato (das obrigações - parágrafo 4°)

Ex. 20.13  "Não matarás."

Essa obrigação se refere a um ato que implica em muitas coisas e em contrapartida exclui outras tantas. O termo gramatical usado diz respeito ao assassinato, excetuando ainda questões bélicas, pois nestas se percebe a necessidade de defesa própria ou prevenção.

Para melhor compreensão nossa, devemos remeter a obrigação à atenção de não interferir no curso da vida dos outros, e isso, em vários aspectos.

Jesus apresenta no Novo testamento novos aspetos dessa obrigação quando diz que se odiarmos, perturbarmos, desfazermos e aborrecermos as pessoas estamos já cometendo tentativas de homicídios.

Charly 
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