terça-feira, 31 de maio de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo 3°)

O contrato (das obrigações - parágrafo 3°)

Ex.20.12 "Honra teu pai e tua mãe..."

Interessante que aqui começa as obrigações referente a nosso procedimento para com as demais pessoas, nesse primeiro caso, nossos progenitores.

Eu disse em um texto passado e volto a frisar: o contrato é individual, porém tratará de obrigações de cunho coletivo também, compreendendo nosso dever para com outras pessoas, quer nós nos sentimos bem ou não com isso, quer a pessoa envolvida viva ou não a mesma realidade desse contrato na vida dela.

Talvez você não pensa muito sobre isso: a importância de nossos pais na nossa vida. Você consegue se vê onde, sem seus pais? Não digo depois que eles partirem, digo se eles nunca houvessem existido.

Sabe qual é o problema de nós cristãos a respeito dessa obrigação? São exatamente esses conceitos ecumênicos que acumulamos à nossa doutrina. Muitos de nós achamos que se não fosse o Jose nosso pai e Maria nossa mãe, seria o João e a Geralda. Isso são conceitos além da revelação bíblica e mais, alguns mais se aproximam de conceitos hinduístas, budistas e espíritas de encarnações e reencarnações.

A bíblia diz que somos herança de Deus dada a nossos pais, isto é somos sob medida, simplesmente você não existiria se não fossem seus progenitores.

Veja a importância dos pais na bíblia: O Jardim do Eden, foi posto para Caim e Abel ou para Adão e Eva? A terra de Canaã foi prometida a Isaac ou a seu pai Abraão? Como filhos muitas vezes falta-nos, nos colocarmos em nossos lugares.

O que é honrar? É nos assegurarmos que nossos pais sejam tratados com dignidade, é não deixar que sejam humilhados, muito menos nós, os humilhar.

Claro, você pode distorcer a palavra de Deus como a serpente o fez e dizer que se você não abandona-los não será digno de Cristo. Pode inclusive tentar viver longe deles o quanto puder, encerra-los em um asilo, ir até eles só no momento de extrema necessidade sua. Você pode fazer tudo isso e mais um pouco, mas é bom lembrar que estará infligindo um contrato, logo, fora dele.

Pode também tentar se justificar, vai perceber que sua consciência no fim falará contra você.

Charly 
continua...

segunda-feira, 30 de maio de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo único)

O contrato (das obrigações - parágrafo único)

Texto: Ex 20.8 "lembra-te"

Este outro termo chama atenção para uma questão importante, que nos remete a necessidade de reflexão, meditação, contemplação e consideração.

Nessa ocasião o "dia de contemplação" é lembrado, noutra ocasião mais a frente quando estes "ditos" são anunciados a uma nova geração, o "dia de contemplação" é posto como dever (Dt 5, "guarda"). Isso implica numa admoestação: a dureza do coração do homem não permite que ele cumpra com seu dever, fazendo necessário que este seja imposto, cobrado, ordenado.

Nada nos difere mais de um animal do que a capacidade e poder de racionalizar, considerando circunstâncias e situações da vida. Um dia dentre uma semana é estabelecido para que façamos isto, considerando os feitos do Eterno.

Muito além da mera contemplação esta ordenança associa-se a um cuidado e manutenção necessária. Deus o Eterno sob caráter de uma ordenança zela pelo equilíbrio psicológico humano, proporcionando-o um dia inteiro para recompor suas energias, estabelecendo limite para toda inquietação e ansiedade.

Mais ainda, um dia no qual podemos considerar Seus feitos, avaliar nossos progressos e ser gratos. Um dia de gratidão e considerações.

Descanso é contemplação, consideração, gozo e satisfação. Não é no serviço que Deus está focado, mas em como nós vamos exerce-lo. Isto posto, a reflexão e o coração grato é primordial para executarmos o contrato de maneira eficiente.


Charly 
continua...

sexta-feira, 27 de maio de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo 2°)

O contrato (das obrigações - parágrafo 2°)

Texto: Ex 20.7 "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão."

Interessante remetemos essa questão para os dias de Cristo; na ocasião onde Ele ministrava sobre "juramentos", proibindo-lhes que jurassem em nome de Deus; esta consideração vai nos aproximar mais do significado deste termo no contrato.

Percebe-se que não nos é informado o nome pessoal do Eterno nesta referência, apenas dois de seus títulos, Senhor e Deus. Verdade é que as iniciais de seu NOME aparecem no texto original, porém a tradução se encarregou de perdê-lo a ponto de que em nossas principais traduções das escrituras, no Velho Testamento, não mais encontramos o NOME de Deus, mas apenas seus títulos associados a alguns de seus atributos.

As quatro letras, YHVH, formam o NOME, ou ainda, as iniciais dEle. Na forma das quatro letras apresentadas, o NOME ainda é impronunciável, salve especulações, pelo que percebemos aí a importância do NOME.

É, portanto inadmissível expressar o NOME associando-o a outros contratos ou juramentos a não ser este firmado pelo próprio Eterno. Porque apenas nesse contrato Deus colocou seu nome. E Deus é fiel a sua palavra velando para cumpri-la, em cada vírgula e til. Nenhum acordo ou juramento proposto pelo homem tem caráter válido de aliança.


Charly 
Continua...

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O contrato (das obrigações - parágrafo 1º)

O contrato  (das obrigações - parágrafo 1º)

Texto: Ex 20.3-5a "Não terás outros deuses diante de mim..."

Expressamente proibido; não será admitido em hipótese alguma a associação de uma segunda pessoa a este contrato. Está sendo firmado entre Deus e você, você e Deus e não há brecha para mais ninguém.

Importante entendermos bem esse termo do contrato, porque sua "significância" assume uma proporção gigantesca.

Primeiro consideremos o evidente: Deus não quer que você seja regido por outro poder a não ser o dEle. No original a palavra hebraica que se traduz por "deuses" expressa não a ideia de uma divindade, mas de "poderes", ou, ainda, "autoridades".

Isto posto, percebemos um erro grave e expressamente combatido pelas escrituras. Porque as escrituras deixam bem esclarecida essa questão: "não há outro Deus além do Eterno!" E muitos de nós consideramos "divindades" temendo-as como se em si representassem alguma coisa.

O que temos nesses termos é exatamente a alusão do posicionamento de Deus quanto nossas distrações em deixar que alguma coisa ocupe ou concorra com a atenção a Ele. E Ele não admitirá isso!

Deus não quer nos ver prostrados a algo, ou na dependência de alguém a não ser dEle. Tente associar isso com a totalidade de nossa atenção a Deus que nos é exigida. Ele é Deus zeloso. Não é questão de ciúmes, não há motivos, quem perde é apenas o homem, a questão é que temos Alguém muito exigente do outro lado do contrato.

Segundo: temos que considerar ainda dentro da mesma "significância" que nem mesmo outro ser humano é admitido  nesse contrato de Deus com você. É um contrato apresentado para um povo, mas é de carácter particular. Se você concorda e sela este acordo, a responsabilidade é sua, e mesmo que seu próximo não viva sobre a observância do mesmo contrato, você deve por obrigação cumpri-lo na íntegra. Isso vai ser mais inteligível no restante das obrigações.

Portanto, é inadmissível uma concorrência neste contrato. A falta de observância deste termo ocorrerá na quebra de contrato, e mais consequências ainda... Claro, a permanência e fidelidade ao mesmo, também acarretará em benefícios que se estenderão até nossa posteridade.

Charly
continuamos no próximo artigo

terça-feira, 24 de maio de 2016

O contrato (a apresentação)

O contrato (a apresentação)

Texto: Ex 20.2 "Eu sou o Senhor, teu Deus..."

Inicia-se os termos do contrato, a apresentação das partes é primordial para fixação de uma aliança. Aqui Deus se apresenta àquele povo, e, em seguida apresenta a condição real deles.

É como se um tabelião redigisse o contrato dizendo, "de uma parte temos Deus, o Eterno, poderoso e libertador e desta outra um povo escravo, necessitado de orientações."

Importante salientar isso porque se de início não compreendermos quem é Deus e nossa condição, nada que se estabeleça depois fará sentido.

É necessário que saibamos quem é Deus, seu papel na nossa vida e que entendamos sua gloriosa suficiência e majestade. Não é um homem, nosso igual do outro lado deste acordo proposto, e sim o próprio Deus.

É uma responsabilidade imensa para nós e uma oportunidade ímpar: saber que não fazemos este acordo com alguém que pode voltar atrás e entendermos que é o melhor acordo de nossas vidas.

Charly

segunda-feira, 23 de maio de 2016

O contrato

O contrato
Texto: Ex 20.2-17

Alguns estudiosos judeus dizem que na verdade em momento algum no texto bíblico em referência aparece o termo "mandamentos", mas sim "ditos" ou "palavras". Considerando isso temos neste texto algo muito além de simples imposições, temos as cláusulas de um contrato entre Deus e um povo, bem posto e elaborado segundo reza o bem maior da convivência  nas relações.

Chamado de "Aliança", os " dez ditos", contém é  claro, ordenanças ou podemos dizer "obrigações", para quem busca o favor desse Deus majestoso e poderoso que está pronto a se relacionar conosco, desde que observamos e sejamos fiéis as cláusulas apresentadas.

Na cultura "semita" quando havia um contrato entre pessoas, este era talhado em tábuas de pedra, e costumeiramente uma cópia era depositada no templo ou altar do ídolo da comunidade. Esta era a cultura que o povo de Israel estava habituado, portanto Deus não iria tratar com eles de uma forma menos inteligível do que essa: atestando um contrato que estaria para sempre diante dEle na arca do testemunho.

Deus trata com o homem da maneira que este compreende.  Deus não impõe Dez mandamentos, Deus apresenta um acordo, respeitando nosso livre árbitro, se quisermos ser seu povo, eis as condições: considerações para um relacionamento sadio, entre nós e Deus e nós e nosso próximo.

Se você quiser viver fora dessas considerações ou totalmente desconsiderar esta aliança, é provável que se perderá nos caminhos da vida, mas ainda assim você tem a liberdade de escolher.

Havemos de entender que a aliança foi o início de uma nova perspectiva para um povo anteriormente cativo e escravizado, assim como hoje representa novas perspectivas para nós.

Lembrando que os "dez ditos" são a máxima expressão da coerência, devemos avaliar e responder a essa proposta de Deus para o homem.

Charly 
Vamos falar nos próximos artigos um pouco mais sobre esse contrato

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Convicção e discernimento

Convicção e discernimento
Texto: 1 Rs 13.7-24

Era de se supor que um homem de Deus convicto de sua missão, conhecesse bem a voz de Deus para discerni-la. Mas esse texto bíblico em evidência, revela a verdade de que o discernimento na maioria das vezes não segue à convicção. Podemos ser convictos e até zelosos ao extremo, mas, sem discernimento tudo se perde (o livro de provérbios também aborda essa questão).

Esse jovem profeta estava convicto de sua missão; levar a mensagem, não voltar atrás e não se contaminar. Não sei por que cargas d'águas ele volta atrás!??? Talvez a resposta esta na sua inexperiência, sua pouca idade, ou até em seus fortes impulsos. De uma coisa podemos ter certeza: convicção não garante o discernimento. Parecem estar intrinsecamente ligados, mas não estão.

A falta de discernimento faz a pessoa com convicção fazer loucuras. Por isso vemos muita gente fazendo em nome de Deus, "coisas que Deus nem imagina".

A convicção deve estar ligada a Deus, a sua palavra, nunca a mensagens ou interpretações delas. Ligadas a certeza que Deus não muda, nem há alterações nEle.

Antes, bem antes de sermos convictos na mensagem devemos ser convictos no Espírito da mensagem, discernirmos se se trata mesmo do Espírito de Deus. Porque é o Espírito de Deus que autêntica ou não a mensagem.

Tenha discernimento disso e viva, ou não tenha e mate, ou seja morto.

Charly

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Coração de escravo (a transformação)

Coração de escravo (a transformação)
Texto: Ex. 20.2 "... que te tirei da... casa da servidão."

Deus faz a parte dEle, e, ainda insiste com o homem. Faz o possível para mudar nosso coração. Promete e tenta moldar um coração novo em nós, coração não mais duro, viciado, compulsivo, não mais acomodado, não mais acostumado a trocar a liberdade pela escravidão do pecado. Deus procura nos dá uma mente sã, curada da ignorância, das considerações irracionais.

Somos feitos para sermos livres, livres da opressão e servidão a interesses alheios, somos capacitados da vontade e direito de escolha. E, essa escolha não diz respeito a coisas más, pois seria uma deficiência, uma insanidade. O direito de escolha que Deus nos proporciona é para escolher a vida, "não a morte", pois morte não é escolha, é consequência!

Deus começa a imprimir no povo de Israel a transformação desse coração de escravo (Ex 8.23) mostrando que há uma distinção clara para aqueles que são chamados à liberdade. Deus mostra que o benefício de ser livre é estar em segurança.

As pragas e o exército inimigo não os alcançaram. O mar e o deserto não puderam lhes deter. As roupas, as sandálias, a água, o pão e a carne não lhes faltaram.

Deus tenta imprimir na mente e no coração de cada um deles que a liberdade é melhor. Deus percebeu aquelas mentes doentes e aqueles corações duros, Deus tenta cura-los por quarenta longos anos.

Os milagres que vivemos hoje ainda é uma forma de Deus mudar nossos corações. Não é sinônimo de santidade e sim de misericórdia e um grito ensurdecedor que diz: "convertei-vos a mim!"

Apenas dois foram curados. Apenas dois entenderam. Apenas dois tiveram seus corações transformados.

Por quarenta anos Deus tentou mudar o coração daqueles homens. Ha quanto tempo Deus vem tentando mudar o seu?

Charly

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Coração de escravo (a condição)

Coração de escravo (a condição)
Texto: Ex. 14.11-12 "...Deixe que sirvamos aos Egípcios..."

Este artigo poderia se estender até se tornar um livro, mas como não é o nosso propósito no momento, vamos numa síntese ser claro e objetivo.

Em todos os quarenta anos que os filhos de Israel peregrinaram no deserto nunca deixaram de ter corações de escravos, com uma única exceção a dois homens. Entraram no Egito setenta almas livres e saíram de lá seiscentos mil homens com coração de escravo.

Mente cauterizada, adestrados a servir ao interesse de outros, por troca de favores, coração maligno e murmurador, acomodados com seu sustento, que viam vantagem nos grilhões, chibatadas e nos serviços que eram forçados a fazer.

Coração de escravo; que não quer a liberdade, mas sim a libertinagem. Querem a ausência do feitor, mas continuam satisfeitos com a ração diária da prisão. O trabalho é sempre um fardo, a bênção é associada a comer e a beber pelas mãos de outros, mesmo que isso custe sua liberdade, a exploração de sua vida.

O que mais caracteriza um coração escravo? Querem a mesma prisão de sempre, não querem sair dela, buscam o benefício de estarem encarcerados, o pão e a água "gratuitos". Só não querem a presença do carcereiro, mas aquela vidinha serve muito bem a eles. Preguiçosos, reclamões, invejosos e ambiciosos com a miséria e desgraça.

Conhecemos um escravo logo quando vemos. E hoje não são maltrapilhos, vestem-se de grife, não comem qualquer coisa, não se satisfazem nunca, são inquietos e mesquinhos, usam do que podem para se justificarem.

Esta era a condição de seiscentos mil homens, qual é hoje a sua condição?

Charly
Continua...


terça-feira, 17 de maio de 2016

O que resta depois do perdão?

O que resta depois do perdão?
Texto: A parábola do filho pródigo "Pequei contra ti..."


Interessante refletir sobre isso porque a maioria de nós ainda espera a justa punição a quem peca contra nós, mesmo depois de cientificar-lhes o "perdão". Nessa situação podemos e até devemos questionar se de fato perdoamos.

Um pai corrige ao filho, disciplinando com duras palmadas por um ato de desobediência. Geralmente isso ocorre quando o pecado é revelado, descoberto. Mas quando o pai é abordado por esse mesmo filho que diz "pai, perdoa-me, pois pequei contra ti"?

Ter-se-á a opção de discipliná-lo, exercendo uma punição ou castigo, ou considerar, se afligir, talvez chorar com o filho, e resolver perdoa-lo.

A decisão será sua. Mas não parta para o ato de justiça, com severa punição e sanções, dizendo com a cara lavada que dispôs perdoar. Perdoar é voltar ao estado original. Aquele pai da referência bíblica disse ao filho mais velho: seu irmão reviveu! Voltou ao estado original! Não há pecado que agora já perdoado vai me fazer deixar de abraça-lo e ama-lo! Eu o perdoei!

Buscamos esse perdão de Deus, esse que esquece a punição, mas não praticamos  o mesmo com os nossos irmãos.

Depois do perdão já não resta punição.

Charly
(Com vistas as observações do Pr Geovani de Jesus)

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Atenção em quem te serve

Atenção em quem te serve
Nm 22.23-30

Esse animal que inusitadamente começa a falar, nos leva a considerar uma questão pouco evidenciada, quase não notada, por muitos desconsiderada: Aqueles que te servem de verdade não agem de maneira incomum à toa, geralmente eles tem algo importante a te dizer, portanto muita atenção.

A exemplo do profeta, cego pelo prêmio, pela ganância, muitas vezes há pessoas que fixam objetivos e partem para executa-los sem a anuência divina. Balaao não tinha a autorização de Deus para executar o objetivo daquela empreitada, no máximo tinha a liberdade de fazer o que era certo frente ao que já estava definindo.

Talvez por sua posição e pela liberdade que você tem já está resoluto de seu objetivo, já decidiu no seu coração e desconsiderando qualquer sinal ainda força seus subordinados a aprovarem ou contribuírem, até mesmo aceitarem o que você calculou e tem por vantajoso. Cuidado.

As atitudes incomuns daqueles que nos cercam, e que fielmente tem se portado conosco é a mensagem mais clara que o caminho que estamos a insistir é caminho de morte.

Consideremos o tempo e o padrão de comportamento desses amigos verdadeiros que nos tem servido ao longo das datas e mudemos de direção.

Charly
(Com vistas a notas do Pr Jonas Vassoler)


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Agindo contra princípios

Agindo contra princípios
Texto: Nm 22. 12, 19 e 20


Cuidado. Deus nunca muda o que estabeleceu como princípio. A abrupta resolução de Deus em deixar o Profeta das 70 nações ir com os príncipes de Moabe não diz respeito a Ele ter mudado de ideia sobre o princípio firmado com a nação de Israel. Deus fez uma promessa e certamente a cumpriria.

Balaão, em sua insistência aborrece a Deus que resolve então matá-lo. Parafraseando poderíamos dizer: "Disse Deus a Balaão: quer ir? Vá!"

Acha mesmo que nesta circunstância Deus havia mudado de ideia? Claro que não! Inclusive, um anjo da parte de Deus parte para matá-lo, pela cobiça aos presentes oferecidos e pela desobediência.

Uma grande lição temos aqui: O que está estabelecido como princípio, não devemos buscar alterações. Com risco de morte para quem insistir nessa rebelião.

Não insista com aquilo que Deus condenou ou estabeleceu.

Charly
(Em vista considerações do Pr Jonas Vassoler)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Espiritualidade – A expectativa da experiência


Espiritualidade – A expectativa da experiência
Texto: At 10.10-16 "De modo algum, Senhor!"

Beira a insanidade, buscar com intensidade e logo em seguida desprezar com desdém. Mas, dando continuidade ao assunto do artigo passado, percebemos muitos cristãos em busca de experiência com Deus.

A Bíblia, o estudo dela, nos leva a almejar e buscar experiências diárias e contínuas com Deus e em Deus. Cria-se então uma expectativa quanto à espiritualidade, quanto ao desenvolvimento de um relacionamento íntimo com Deus, quanto a viver exatamente ou ainda em maior comunhão que aqueles patriarcas, profetas e país da igreja viveram com Deus.

Não obstante a toda essa expectativa, a maioria de nós se perde no processo. Incrédulos resistimos portando como crentes carnais. É preciso entender que ser um crente carnal não é apenas viver entregue a carne ou as suas vontades, mas também todo posicionamento incrédulo frente à experiência com Deus.

Dons do Espírito são evidências da administração de Deus na igreja. Todavia ignoramos e não nos abundamos neles. O diabo acredita muito na igreja e nós continuamos a ignorar seus ardis.

Medo e ignorância. Você fala em língua? Interpreta? Discernimento ou deduções lógicas? Visões? Profetiza? Não nos dedicar ao Espírito e a seu ministério é o mesmo que tomar as rédeas da mão de Deus.

Queremos a experiência, mas quando ela vem protestamos dizendo: "de maneira alguma Senhor!!!!"

Pedro teve a visão, ouviu a voz e isso repetidas vezes... Três para ser mais exato. Parece que Pedro tinha algo com o três... Perceba que ele já estava aqui introduzido na experiência e mesmo assim age como um incrédulo teimoso. Vemos então Pedro nada entendendo, lá reflexivo meditando. E então mais uma experiência e dessa vez uma ordem mais imperativa que as três primeiras... "não duvides!".

Falta de reconhecimento de voz é falta de relacionamento, e não existe experiência sem relacionamento, nem experiência sem submissão.
Charly

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Espiritualizando as coisas

Espiritualizando as coisas

Texto: I Co 2.14 "... o espiritual discerni tudo..."


Virou jargão em seminários espalhados pelo mundo: "não querendo espiritualizar, mas..." ou ainda, "devemos evitar espiritualizar as coisas".

Li esses dias um livro chamado ESPIRITUALIDADE SUBVERSIVA, nele há notas de que mais que 89% dos seminaristas se tornam pessoas frias, racionais ao extremo e desprovido de discernimento espiritual. C.S. Lewis também fala sobre isso em seu livro, A ABOLIÇÃO DO HOMEM, quando diz que teólogos geralmente se tornam homens com cabeça grande e peito pequeno.

Começam-se os sermões: "não querendo espiritualizar, mas..." Mas deveria! Diria eu se houvesse oportunidade. Ou somos espirituais ou carnais, meio termo nisso é passível de vômito.

Não há problema algum em espiritualizar as coisas, problemas temos quando não as discernimos.

É inteligível que numa grande família haja crianças, logo, aos adultos cabe orienta-las e disciplina-las. Mas percebemos a relutância a este trabalho, afinal é mais conveniente evita-lo.

Lembro-me de Pedro em uma de suas experiências espirituais: Pedro dizendo que é imundo, discutindo uma ordem de Deus.

Sabe pessoal? Muitos de nós pedimos experiência a Deus e quando elas vêm dizemos: Nunca! - Isso é imundo!!!

Vou falar mais sobre isso no próximo artigo.


Charly

terça-feira, 10 de maio de 2016

As estatísticas e nosso posicionamento

As estatísticas e nosso posicionamento

Texto: Mt 20.16b "... muitos são chamados, mas poucos os escolhidos."

O texto em referência é mais um entre outros textos bíblicos que sugerem estatísticas 
(Lc 17.34-36 e Ap 5.9-11). Algumas são desafiadoras e fazem parte de uma projeção que  alcança a muitos; outras já são animadoras, balanceia e equilibra a questão. Enfim, há uma lição de particular importância para nós no que tange as estatísticas:

¤ Não escapamos delas; outros as fizeram, nós apenas as confirmamos.

É interessante refletir sobre isso porque as estatísticas bíblicas, não nos remete a um fatalismo ou determinismo, mas novamente, como toda questão bíblica, nos remete a uma decisão.

O que você faz com as estatísticas? Murmura? Suspira? Se embasa para justificar sua omissão?

Verdade é que esse texto em referência apresenta uma questão além das estimativas... Em Lucas as estatísticas são apresentadas de forma clara, meio a meio, 50% de chances, ou ainda em Apocalipse, quando vemos o número de remidos como as areias do mar e o número dos povos que se ajuntam contra o governo de Cristo também como as areias do mar. Isto aponta para imparcialidade divina. Chances iguais, mesmas probabilidades.

Muitos chamados é a clara observância da extensão do propósito divino, leva-nos diretamente a considerar que é para todos, esses muitos são simplesmente todos. Ao passo que poucos escolhidos se refere a resposta humana a esse chamado.

Estatísticas são os resultados da nossa decisão, responsabilidade nossa.

O que você vai fazer com as estatísticas que dizem que poucos conseguem, poucos permanecem, poucos continuam?

Se você não é capaz de questiona-la não é digno do poder de decisão. Se você não a critica e protesta dizendo "nós não somos dos que voltam atrás", sequer deveria estar pensando em algum dia assumir uma liderança.


Charly 

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Considerações sobre uma pessoa que decide

Considerações sobre uma pessoa que decide

Daniel 1.8 "decidiu firmemente..."

Estive lendo o livro de Daniel no meu devocional e não demorou muito a saltar sobre meus olhos a importância de sermos firmes em nossas decisões. Mais do que isso, pude perceber que uma decisão que não é acompanhada de firmeza é: precipitação, perda de tempo e conversa mole.

Implica, inclusive, em você entender que não é suficiente decidir  estar com Cristo, precisa ter firmeza em andar com Ele. Essa "firmeza" diz respeito à determinação, constância e convicção.

Daniel foi uma pessoa estável, passou por dois impérios mundiais como, conselheiro e governador. Tornou-se um homem de referência, tudo isso pela sua firme decisão de servir a Deus.

Isso é importante salientar e ter sempre em consideração: O homem quando decide firmemente viver com Deus é simplesmente indispensável. Daniel o era, no reino da Babilônia.

A graça, a bênção, a sabedoria, a vida que se adquire em Deus nos faz pessoas tão bem quistas que é impossível o mundo não contar conosco.

José do Egito, os profetas Elias, Eliseu e ainda Micaias, todos são exemplo de homens que se tornaram indispensáveis para um reino. E, isto porque refletiam Deus em suas vidas pela firme decisão de agrada-Lo.

Você é referência? Indispensável? Se não é, é porque nunca foi firme em suas decisões.

Charly

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Seja útil

Seja útil

Gênesis 12.2-3

Quero chamar a sua atenção para uma simples observação contida neste texto que diz respeito a chamada de Abrão e que desencadeia todo direito adquirido na promessa que Deus lhe fez.

Isso é importante porque percebemos a finalidade da bênção de Deus em nossa vida.

Fora as condições da aliança ou acordo, percebemos que por último, as bênçãos estão destinadas a uma só finalidade ou propósito: em que aquele que a recebe possa fazer-se útil. Seja uma bênção!

Ser uma bênção equivale a ser útil. Ser útil para quem se aproximar de nós é nossa parte nesse acordo no qual temos as promessas de Deus. Até porque, não há como ser uma bênção para si mesmo, pois não existe serviço cristão do "eu".

Sabe no que isso implica? Só somos abençoados para abençoar e que uma vez abençoados se não nos fizermos úteis a alguém ou a alguma causa, no que diz respeito a exercer o bem e promover a graça, estaremos falhando miseravelmente com o acordo.



Charly

quinta-feira, 5 de maio de 2016

A serventia das meias verdades

A  serventia das meias verdades
Texto: Gênesis 3.5


Você que já conhece o texto em referência sabe muito bem a serventia das meias verdades. A consequência delas nos aponta sua real serventia: desvirtuar, desencaminhar e desorientar aqueles que não as discerne.

A queda do homem relatada neste capítulo traz no seu enredo a astúcia, malícia, estratégia e a disposição da serpente, figura direta de satanás, em desvirtuar ao ser humano, fazendo-o desviar-se do propósito divino.

A meia verdade contida nessa referência bíblica em evidência é exatamente a insinuação da serpente em dizer que Deus não queria que o homem se desenvolvesse. Colocando pela segunda vez, no diálogo com a mulher, em dúvida o caráter de Deus. A serpente instiga a mulher a desobedecer por aparente benefício.

O homem seria como Deus? Conheceria o bem e o mal? Sim! A resposta para essas duas perguntas são afirmativas, porém o ser humano não precisava exatamente experimentar o mal para conhecê-lo. Não precisaria contrariar a Deus, para alcançar a eternidade e se tornar nesse aspecto como seu criador.

O ser humano já estava no processo da eternidade, teria acesso à eternidade pela árvore da vida, mas, acabou escolhendo por meias verdades um atalho: a árvore do conhecimento do bem e do mal e com isso comprometendo todo um relacionamento. E, diga-se de passagem, o relacionamento mais importante de toda uma existência.

Meias verdade tem o objetivo de manipular e suas consequências são as mesmas descritas nos versos 6 a 19 do referido texto bíblico: desastrosas.

Tomemos o devido cuidado com essas meias verdades, pois a verdade não se manifesta por partes.

Charly