segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Pluralidade conceitual

(Comentário sobre a Lição da CPAD de 09 do 3º Trimestre de 2011)

“... Mas temo que... se afastem da simplicidade que há em Cristo”
2 Co 11.3

Hoje um grande problema que enfrentamos é a velha artimanha do diabo em desvirtuar a definição dos conceitos estipulados por Deus.

Aparentemente temos ampliado nossos horizontes no sentido de novas possibilidades e descobertas que se faz mediante a pluralização de certos conceitos. Mais de que maneira vemos esses benefícios e como tem se apresentado a nós os benefícios de temos no mesmo termo ou questão vários conceitos ou definições?

Observei na Lição referida que não necessariamente somos fieis a originalidade e a singularidade  conceitual  de alguns termos, talvez por temermos limitá-los insistindo apenas num conceito único. Apesar da lição insistir na “simplicidade” de Cristo e sua mensagem é evidente que se apela para noções mais impactantes. Vemos logo no inicio o comentarista definir a palavra Igreja, levando-a a seu original grego Ekklesia, para depois nos da a definição de que Igreja é reunião de pessoas, assembléia... e um absurdo segue quando retorna do conceito ao termo dizendo Igreja é... Igreja. Visto que pela “simplicidade” sugerida no texto áureo da mesma lição o que seria correto admitir é o que de fato o termo grego traz como significado, e não a pluralidade que o termo traz em si. Pluralidade que trouxe uma definição absurda, na verdade inútil. Igreja então é Igreja, assembléia... porque assembléia? Pela nossa denominação? Isso foi apenas um trocadilho do comentarista? é... não deixa de ser. Parabéns!

Bem eu particularmente fui muito feliz ao ouvir atentamente o superintendente da EBD de minha congregação, o qual não se bandeou para o absurdo da definição do comentarista da lição mais manteve fiel a definição de “Igreja” quanto ao termo original grego “Ekklesia”, definindo-o como “chamados para fora”, “separados”, “um povo zeloso, escolhido e de boas obras”. Isso é Igreja. 

Reunião de pessoas, assembléia ou simplesmente “Igreja” é uma pluralidade absurda para conceituar a Igreja de Jesus Cristo, é de certo modo fugir da “simplicidade” de Cristo e se deixar se envolver pela astúcia da serpente como aconteceu com Eva no Jardim do Éden.

Note como é tendenciosa essa “pluralização de conceitos” em nossos dias... Ao interpretar a Igreja como reunião de pessoas somos colocados como qualquer entidade organizacional, assim evitamos a identificação da mesma pelas características imbuídas no seu real significado que é SANTA, SEPARADA. Essa pluralização tem acontecido com freqüência aos termos essenciais da fé Cristã. Uma desculpa para isso é as inovações, o desenvolvimento, as novas descobertas, a profundidade dos significados, os novos horizontes que surgem, a própria modernização. Mas falando de desenvolvimento e conseqüentemente da pluralização que é permitida fazer em nome de toda modernização, o que falar da realidade das palavras de Cristo no evangelho de Lucas cap 3.11 quando o mesmo disse em determinada ocasião como mandamento a seus seguidores “...quem tiver duas túnicas reparta com quem não tem e quem tiver alimentos faça da mesma maneira”, o que dizer da pluralização destes conceitos? e apregoarmos que “aqueles que tem dois carros, duas casas, bens em excesso, reparta-o com seus irmãos”? que tal? Porque a regra não vale? Porque a tendência é ser beneficiado e não beneficiar.

E o Apostolo Paulo temeu isso, mais nossos lideres hoje não o teme desde que sejam beneficiados.

Charly

  

   


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