segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Banalização das Coisas Santas

Banalização das Coisas Santas

Texto baseado no Evangelho de Mateus Capitulo 21 verso 12 e 13

Ao longo da história biblica vemos entre os altos e baixos da nação Israelita, episódios que nos é narrado para servir-nos de exemplo, são gestos, atitudes, comportamentos individuais e coletivos aos quais eu e você devemos ficar atentos.

A começar pelo simbolo de santidade e presença de Deus entre os filhos de Israel, o Tabernaculo, conta-nos bem a história que quando este foi estabelecido na cidade de Siló, ali, justamente diante de suas paredes, que guardavam em repouso o objeto maximo de representatividade da presença de Deus, a denominada Arca da Aliança, ali mesmo não obstante o temor e conhecimento que Deus estava ali representado, Ofines e Fineias, filhos do sacerdote Eli, se prostituiam com mulheres e roubavam as ofertas dedicadas a Deus. Banalizavam a Santidade representada.

Seculos e decadas mais tarde o sacerdote Joiada e o rei Acaz estabeleceram culto pagão, culto a deuses de outras nações, dentro do Templo do Deus verdadeiro em Jerusalém. Banalizavam novamente a Santidade representada.

Ao profeta Ezequiel é revelado inumeros outros sacrilégios que estavam sendo cometidos nas dependencias do Templo em Jerusalém, sacrilégios cometidos pelos proprios sacerdotes, que ofereciam sacrificios e invocavam nome de demonios dentro da casa de Deus, que se vendiam por dinheiro, que colocavam o ouro como objeto de adoração. A Banalização da Santidade representada vinha sendo uma constante em Israel.

Nos dias de Cristo não foi diferente. Em uma de suas visitas ao Templo Jesus expulsa da denominada “Casa do Pai” aqueles que insistiam em banaliza-la.

Para nós nos dias de hoje chega a ser repugnante lembrarmos dos homens de terno que sem escrupulos agem como cambistas nos púlpitos comercializando a palavra de Deus. Não que deixamos de ser avisados (2 Pedro 2.3 e 1 Timoteo 6.3-6), mais é revoltoso conviver com essa realidade em nossas igrejas.

Quero chamar atenção para algo explicito nos evangelhos, algo que vem passando desapercebido diante de nossos olhos...

Ainda estão a transformar a  “casa de Deus” em “covil de ladrões”, a comercialização das coisas sagradas é uma realidade inquestionavel, pela desculpa que for, ainda nossos “pastores” nos vedem “favores de Deus” e “ absolvição” de pecados, pela desculpa que for, ainda comercializam na “casa de Deus”. Uma vez eu disse e torno a dizer e deixar registrado, "A Igreja, entidade beneficente, procura abrir e gerir o beneficiamento de pessoas atravez de tudo, menos dela propria". A Igreja, entidade beneficente procura abrir outras “entidades beneficentes” para gerir essa obrigação pois não mais lhe interessa essa atividade. A Igreja busca a responsabilidade individual de seus membros, cobra e até apoia, desde que não comprometa a sua arrecadação coletiva, desde que não comprometa os dizimos e ofertas arrecadadas... O Amor na Igreja hoje não é outra coisa senão aquilo que o Apostolo Paulo nos advertiu que se tornaria... “fonte de lucro”.

Tem algo melindroso revelado na atitude de Cristo. Algo que muitos teologos preferem se calar a respeito do que dizer e expor a realidade dos fatos... Cristo não se omitiu a respeito da necessidade de não compactuar com essa atitude banal. Cristo agiu. “Escandalizar” não o impediu de dizer a verdade e de agir em prol da mesma, condenando o bando de oportunistas descompromissados com Deus que estavam fazendo da “casa do Pai” um ajuntamento de ladrões. Hoje até um texto como este é tido como “uma tentativa de rebelião” ou “um mau exemplo”, pelo que “bom exemplo” deve ser ter nossas Igrejas como “plataformas politicas em ano de eleição, stand de vendas para apresentação de produtos gospels diversos, tribuna de cobrança, caixa bancario para efeito apenas de quitação é claro”...

Shows de oratória e musicais que comprometem duas vezes ou mais o orçamento de Igrejas, ondem expremem a massa para contribuir até com o que não pode. Profissionais do pulpito e cantores com custos que ultrapassam trinta salarios mininos a mais, por dia, por hora, venda de milagres ou condicionamentos dos mesmo atraves de suaves prestações... Chegamos ao auge da BANALIZAÇÃO DAS COISAS SANTAS.

Voce sabia que o maior culpado disso tudo somos eu e voce? Os mercadores foram expulsos do templo, assim como aqueles que compravam... Mas não queremos saber ou falar sobre isso não é? Cada um vai da conta a Deus dos seus erros não é? Problema do Pastor não é? Deixa arder então não é? Cristo que é Cristo não resolveu não é? Nós que vamos resolver? Ou será que Ele, tudo que Ele fez, não foi para nos deixar o exemplo?

Mais quem é que quer pensar sobre isso não é?

Charly

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